Metas com Propósito: A Arte de Planejar Metas com Intenção

Acima de tudo, traçar metas é mais do que escrever uma lista de desejos ou fazer promessas para o próximo ano. Principalmente, é um processo estratégico que conecta seus sonhos ao mundo real, transformando aspirações em passos concretos e alcançáveis. 

Enquanto no nosso episódio inaugural do podcast Cotidiano Psicológico, exploramos o poder de criar um Vision Board e como a psicologia pode ser uma aliada poderosa nesse processo, aqui vamos aprofundar em um olhar mais técnico sobre a importância de estabelecer metas e as práticas psicológicas que podem ajudar.

1. METAS COMO BÚSSOLA DE VIDA

Você já acordou um dia com o sentimento de não estar chegando a lugar algum? Ou se sentiu completamente desmotivado para levantar logo depois de acordar pela manhã?

O problema pode ser (e provavelmente é) muito mais complexo do que apenas a falta de definição de metas, porém listar os seus objetivos pessoais pode te ajudar a organizar um pouco mais a sua mente e possibilitar que tenha mais clareza da vida real. 

De antemão, já afirmo ser uma grande fã da professora Lúcia Helena Galvão, e em uma de suas maravilhosas palestras, ela nos provoca ao exercício de imaginar a seguinte situação: suponhamos que você me convidou para ir até a sua casa. Mas, mesmo com o endereço, eu acabo me perdendo. Ao te telefonar e dizer “oi, estou perdida!”. Qual será a sua primeira pergunta? 

Desse modo, saber “onde você está” ou “onde nós estamos” nos permite ter uma visão clara do trajeto que deverá ser percorrido.

Por fim, ao pensar em um ponto a ser alcançado, pergunte-se: Por que isso é importante para mim? Metas sem propósito podem ser desmotivadoras ou até mesmo gerar insatisfação quando alcançadas. Por outro lado, quando suas metas refletem seus valores e desejos genuínos, cada passo em direção a elas traz significado e satisfação.

2. PSICOLOGIA E A DEFINIÇÃO DE META

Na Terapia Cognitivo Comportamental, as metas são formuladas de maneira clara e prática, utilizando o modelo SMART: 

S: Específicas

M: Mensuráveis

A: Atingíveis

R: Relevantes

T: Temporais

Por exemplo, em vez de dizer “quero economizar dinheiro”, seria: “Quero economizar R$100 por mês nos próximos seis meses para uma viagem.”

Dentro dos setting terapêutico, nós conseguimos identificar juntos as crenças limitantes, como alguns pensamentos automáticos que dizem: “eu nunca conseguirei isso”.  Aprendemos a lidar com falhas e obstáculos e desenvolvemos planos de ação. Então, sim, a organização de metas é um pilar importante para diversos casos na psicologia clínica.

3. DANDO START DO PROCESSO

Divida em Pequenos Passos: Metas grandes podem ser intimidantes. Quebre-as em tarefas menores e mais gerenciáveis.

Use Afirmações Positivas: Reforce sua autoconfiança com declarações como “Eu sou capaz!”

Celebre o Progresso: Cada pequena conquista merece reconhecimento.

Monitore Regularmente: Faça check-ins periódicos para avaliar seu progresso e ajustar sua abordagem, se necessário.

4. O PAPEL DO VISION BOARD

Um Vision Board é uma ferramenta criativa e visual. Ao incluir imagens, frases e palavras que te representam, você cria um lembrete diário das intenções que deseja alcançar. Psicologicamente, isso pode estimular o sistema de recompensa do cérebro, reforçando a motivação e o desejo de ação.

Acompanhe como a Mel Torres elabora o vision board dela:

5. CONCLUSÃO

Em síntese, traçar metas é mais do que uma prática de planejamento, ou seja, é um ato de cuidado consigo mesmo. Quer seja através de ferramentas como o Vision Board, quer seja com o apoio de abordagens terapêuticas, como a TCC, definir metas ajuda a dar direção à sua vida e a transformar desejos em realidade. 

Durante o nosso episódio do podcast, falamos de maneira leve como cada uma de nós nos programamos, não deixe de nos acompanhar por lá também.

Igualmente, lembrem-se: ao conectar suas aspirações aos seus valores e a passos concretos, você cria uma jornada mais significativa e alinhada com o que realmente importa.

Obrigada por ter chegado até aqui! Até a próxima e TCHAAUU!

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6. REFERÊNCIAS